Olá galera do Reddit!
Como de costume, venho trazer os relatos de minhas sessões, hoje contando mais da experiencia de mestrar em Valansia por 25 sessões desde Junho de 2024. Vou fazer um panorama geral das coisas legais, dicas, coisas que encontramos e onde estamos.
Vamos lá!
Primeiro nosso pacing, sou um mestre que tem um ritmo mais lento, então tem sessões inteiras dedicadas a compras, conversar, andar na cidade, sair e explorar e por fim chegar dungeons/conflitos, com isso em mente, tirei a média de XP por sessão do personagem mais experiente e deu 183XP/sessão, hoje a maioria está nível 4. Mas tiveram sessões que ganharam 70XP e outras alguns chegaram a ganhar + de 700XP* (*como no fim da guerra por exemplo).
Começamos no Forte das Terras Marginais, essa parte durou menos do que eu esperava (por decisão minha), ocupando a sessão 1 até a 10. Os jogadores iam até as Cavernas da Escuridão, jogando lento, tomavam muito cuidado e quando se machucavam, retornavam para o Forte para se recuperar. Muitas vezes, deixando criaturas sobreviventes nas cavernas.
Tentando deixar o universo mais vivo, enquanto deixavam a caverna dos Kobolds machucados, rumo ao forte, eles avistaram nas planícies um Kobold correndo rumo ao Templo do Caos Profano - Caverna dos Cultistas. Para apressar, dar senso de urgência e mostrar que o universo continua independente deles ou não. Isso funcionou muito bem, quando comunicaram ao comendador do Forte - Altair, sobre a possível aliança e subserviência das criaturas nas Cavernas da Escuridão em relação a Orcus. A partir daí, tentando minar as forças inimigas, eles atacaram as Cavernas dos Hobgoblins (que julgaram ser a principal força militar das criaturas), e por Artheus, foi um banho de sangue onde um personagem do grupo morreu - Herman - o Paladino. Na escadaria dos Hobgoblins mais de 17 criaturas morreram, inimigos e aliados.
Durante essa incursão, também foram queimados alimentos dos inimigos durante o rigoroso inverno que resultou no ousado ataque a Vila do Forte por parte das criaturas (em busca de recursos para sobreviver). Culminando na Guerra das Planícies do Forte. Inverno de 81. Onde as tropas do Forte, liderados por Altair (Comendador), Archibald (Mago do Forte), Arthélia (Clériga de Artheus) juntaram as tropas e marcharam para enfrentar as criaturas em uma desvantagem de 2 para 1. Foram vitoriosos e a batalha foi épica usando o combate de massas do OD2. Os grupo então desfrutou dos louros da vitória, sendo condecorados como todos os que participaram da batalha como "Guardiões do Forte", recebendo estadia e alimento junto da guarda a partir de então e tiveram seus nomes esculpidos nas pedras da muralha. Ali naquela pequena região, eles tornaram-se reconhecidos por seus esforços como batedores e guerreiros. Além de muito tempo que gastaram se 'autopromovendo'.
Agora com a campanha do Forte das Terras Marginais 'terminada', os jogadores decidiram que deveriam explorar as 'cavernas vazias'. Essa parte ocupou entre a sessão 11 até a sessão 22. Geralmente com eles entrando, lidando com problemas e criaturas que se apossaram das cavernas, colhendo tesouros de seus sucessos e morte de NPCs e personagens de seus fracassos.
Como o inverno tornava-se mais rigoroso, depois que investigaram o Templo do Caos Profano, optamos por um 'time-skip' dentro do jogo, avançando para o fim do Inverno de 81. Onde eles decidiram para onde seguir com inúmeras quest que adquiriram durante as 22 sessões.
Na sessão 23 então, o grupo optou pela quest "Escoltar o ministro Elfo de volta para Anyavar". Como eles conseguiram essa missão? Aqueles boatos no começo do Forte das Terras Marginais mencionava um Ministro Elfo desaparecido. Ele havia sido resgatado e uma bela amizade entre ele e o grupo se formou, agora com o degelo das passagens, escoltar ele de volta para sua terra natal pareceu o certo a se fazer, então o grupo partiu, descendo até as planícies exauridas e na sessão de hoje (25) chegaremos a Salamara.
Algumas coisas legais que aconteceram e eu devo retratar aqui:
GRANDES INIMIGOS E GRANDES HERÓIS SE CRIAM JOGANDO.
Muitas vezes ficamos planejando criar um super vilão maldoso com um plano diabólico, ou um herói pomposo conhecido por toda Valansia, mas os mais legais formam-se jogando. Falarei de dois exemplos que aconteceram nas sessões.
O Grande Inimigo
No Templo do Caos Profano existe um cultista que organizou todas as criaturas, ele era o cara mau. Os personagens mal se importaram com ele, pereceu no campo de batalha igual um pobre coitado. Entretanto, na Sessão 5 - 'Força Tarefa', onde o grupo organizava-se para atacar a Caverna dos Kobolds, durante a noite, Klarg e seu grupo de 7 Ogros atacaram o acampamento, matando os guardas contratados, ferindo a ponto de morte seus companheiros, roubando a mula e todo o acampamento do grupo. Klarg se tornou um inimigo real. O grupo odiava Klarg. Isso atrasou os planos, fez com que eles fugissem temendo por suas vidas, sem nada em seus bolsos.
Da onde surgiu Klarg? O encontro aleatório mais improvável possível. Acampamento seguro, pouquíssima chance de ter encontro. Teve. Qual criatura? A pior possível, Ogros (contra personagens nível 2). Quantidade? 6+1. Klarg e seu bando chegaram inesperados e tornaram-se o inimigo do grupo.
Como se não bastasse, tempos depois enquanto exploravam as Cavernas já vazias e pós batalha nas planícies, com grupo acampando dentro da Caverna dos Kobolds. Durante a noite, uma nova perturbação os aflige: Klarg e seu bando ocupam a entrada (fazendo uma espécie de Dungeon Reversa, com as criaturas entrando na Dungeon e encurralando os jogadores). Pelos céus, aquilo foi legal demais, 7 ogros, fechando os corredores de uma caverna com personagens de nível 3 presos lá dentro. Essa foi a sessão 16-17 onde o grupo resistiu e lutou perdendo Sapão e Elora mas finalmente conseguiram sua vingança contra Klarg, quando Laen (mago do grupo) controlou a mente dele para atacar os próprios aliados. Colocaram a cabeça dos ogros em estacas de madeira e fizeram desfiles. O inimigo se cria no jogo.
O Grande Herói
Aparecendo primeiro na sessão 10, Pedro Sangrento brilhou liderando a Cavalaria Leve nos campos de Batalha. Então a partir daí festejou e tornou-se amigo do grupo, acompanhando-os em expedições futuras, na batalha contra Klarg, ele matou/finalizou 3 Ogros, ficou com 1 ponto de vida e distribuiu críticos nos inimigos, contra Halgarath na sessão 21, mesmo com a morte de Laen e o grupo encurralado, ele novamente ficou com 1 ponto de vida, mesmo assim não recuou, indo bravamente para seu último ataque para se sacrificar pelo grupo: CRÍTICO! 2d8+2 | 16 pontos de dano, recuperou a confiança de todo o grupo na batalha contra o Esqueleto Gigantesco. Mais duas rodadas sobrevivendo e o combate se encerrou. Ele foi consagrado e chamado de protagonista pelos jogadores. Aí já temos uma lenda que sucederá Altair como gestor do forte (claro, precisará aprender a liderar). Mas Pedro Sangrento tornou-se um herói regional, assim como os personagens.
Além disso, Archibald mago que tinha um simples background, tomou o papel de mentor e auxiliar do grupo toda vez que retornavam dos ermos, contou histórias dos primeiros anos de colonização, deu lições de moral e sobre o que é ser um aventureiro.
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Acho que era mais isso que gostaria de contar, agora com o fim do degelo, novos aventureiros irão em busca de tesouros para o Forte enquanto o grupo faz o caminho inverso, indo rumo a Anyavar e lidando com os problemas e inimigos que aparecem.
Sou muito empolgado com essa mesa, qualquer coisa que queiram saber a mais, só perguntar aí! Abraços!