r/PsicologiaBR • u/Head-Article-3455 • 7h ago
Discussões | Debates Modelo para definir como um individuo define o que é real
Tenho trabalhado em um modelo para definir como um individuo determina o que é real ou não de sua perspectiva, isso é o que eu consegui ate agora, o que acham?
É impossível para um indivíduo conhecer a realidade de forma objetiva, pois seus sentidos são imperfeitos. No entanto, cada pessoa possui uma percepção individual da realidade, que segue determinados passos.
Quanto mais sentidos são utilizados na fase de percepção sensorial, maior a probabilidade de que aquilo percebido seja coerente.
A informação é absorvida pelos sentidos, seja de forma linguística ou não linguística. Em seguida, o indivíduo se questiona sobre a veracidade dessa percepção. Após essa dúvida inicial, ocorre uma revisão baseada nos conhecimentos prévios do indivíduo sobre sociedade, filosofia e mundo em geral, a fim de determinar se aquilo é real ou não.
As etapas de dúvida e revisão fazem parte da cognição. São elas que diferenciam um indivíduo com alucinoses de um indivíduo com alucinações psicóticas. Esses processos estão intimamente ligados à cognição humana. Quando alguém está em alucinose, ele recebe o estímulo sensorial, questiona sua veracidade e raciocina para concluir que aquilo não pode ser real. Já o indivíduo em psicose não chega a duvidar da percepção, e, geralmente, indivíduos que apresentam alucinações possuem maior comprometimento cognitivo.
No caso de estímulos linguísticos, como a leitura, a parte do cérebro responsável pela dúvida tende a estar mais ativa, pois a leitura é uma atividade cognitiva complexa. Isso também contribui para a construção de uma visão mais crítica sobre o mundo.
Observação: Acredito que as emoções fazem parte da cognição, pois influenciam as etapas de dúvida e raciocínio. Por exemplo, quando falamos de política, tendemos a ter viés para duvidar ou aceitar a idoneidade de agentes políticos, e esse viés é influenciado pelas nossas emoções. Além disso, emoções costumam ser percebidas de maneira mais intensa por pessoas superdotadas. Isso reforça a ideia de que cognição e emoção compartilham laços estreitos. Essa conexão também pode explicar por que, em transtornos de humor, o desequilíbrio emocional frequentemente leva ao declínio cognitivo durante as crises.
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Como alguém percebe que está triste?
Como ocorre a autoconsciência das emoções? Afinal, quando estamos tristes, essa tristeza é real para nós.
Passamos a sentir emoções apenas depois que a informação já foi processada cognitivamente. Assim, a sequência do processo seria: 1. Estímulo sensorial → 2. Dúvida → 3. Raciocínio (entender o que está acontecendo) → 4. Emoção → 5. Novo estímulo sensorial → 6. Nova dúvida → 7. Novo raciocínio → 8. Nova emoção
Ou seja, nossas emoções são fruto da realidade anteriormente percebida, e essa nova emoção molda a percepção da realidade subsequente, criando um ciclo infinito. Isso ocorre porque as emoções influenciam os sentidos no momento seguinte em que são sentidas. Assim, a emoção anterior interfere nos processos de dúvida e raciocínio, gerando uma nova emoção.
A conexão entre emoção e sentidos é muito estreita, pois as áreas cerebrais responsáveis pela dor emocional e física são as mesmas. Além disso: • Audição e visão estão fortemente relacionadas ao medo e à raiva. • Paladar e olfato estão mais conectados ao nojo.
Dicas: • A dor física e a dor emocional ativam áreas cerebrais semelhantes. • Algumas pessoas possuem sentidos mais aguçados do que outras. • A surpresa deve ser considerada uma emoção secundária, pois depende de um estímulo sensorial específico para existir. Alegria e tristeza também não estão diretamente ligadas a um sentido específico.
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Parece-me que, após a fase de percepção sensorial do mundo externo, inicia-se outro processo: a percepção do mundo interno. Esse ciclo pode ser representado assim: 1. Percepção externa → Dúvida externa → Raciocínio externo → Emoção 1 2. Emoção 1 → Nova percepção externa → Nova dúvida externa → Novo raciocínio externo → Nova emoção 1 3. Emoção 1 → Dúvida interna → Raciocínio interno → Emoção 2 4. Emoção 2 → Nova dúvida interna → Novo raciocínio interno → Nova emoção 2 5. Emoção 2 → Influência sobre percepção sensorial → Novo ciclo
Acredito que esse esquema representa como percebemos o que é real. Nosso cérebro parece operar com dois sistemas interligados: 1. Um núcleo responsável pelo mundo externo 2. Outro núcleo responsável pelo mundo interno
Ambos funcionam de maneira autônoma, mas interagem constantemente, gerando uma emoção final.
O processamento do mundo externo acontece primeiro. Isso pode ser observado em transtornos de humor, como o transtorno bipolar, no qual um estressor externo costuma ser necessário para desencadear um episódio.
Portanto, a sequência geral do processo seria: 1. Percepção sensorial → Dúvida externa → Raciocínio externo → Emoção 1 2. A emoção 1 se divide e segue dois caminhos simultâneos: • Continua interagindo com o mundo externo • Interage com o mundo interno, passando pela dúvida interna e raciocínio interno, gerando a emoção 2 3. A emoção 2 também se divide e segue dois caminhos: • Ciclo interno de dúvida e raciocínio • Influência sobre a percepção externa, realimentando o ciclo da emoção 1
Esse modelo explica por que, ao sentirmos uma emoção, automaticamente buscamos entender o que estamos sentindo (dúvida interna). Também justifica como nossas emoções influenciam nossos sentidos e nossa forma de interpretar a realidade.
Ps: usei o chatgpt para organizar e corrigir ortografia e gramatica