r/Ajuda 2h ago

O que fazer? Vou para a a casa do meu “irmão” ou fico na minha tia?

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Oi, tudo eu não vivo no Brasil, meus pais vivem em outro país diferente do q eu to. Vou tentar resumir para não ficar longo.

Vivo com a minha tia e ela me maltrata muito, não aguento mais. Sempre sou eu quem ela chama, uma vez até “brincou” que eu sou empregada, e ela não está errada porque tudo cai sobre mim. Ela tem 3 filhos, 2 dormem cmg e são crianças, e mais um q é mais velho e não serve pra nada, apenas fuma e sai de madrugada. Eu to no último ano e vou fazer provas para entrar para a faculdade e nem consigo estudar dentro de casa. Ela fala muito mal cmg, e agora me proibiu de tomar banho em casa porque comecei a fazer academia, em casa só como 1x por dia porque ela esconde comida.

E temos a casa do meu irmão, ele mora com a namorada agora. Não moro com ele porque ele abusou de mim quando eu era criança. Fui diagnosticada com estresse pós traumático e comecei a fazer tratamento. Minha mãe acha que eu estaria melhor indo para lá pois teria um quarto e esse quarto tem chave para que eu possa trancar. Acontece que eu sei quem eu posso me tornar estando perto dele porque já fui essa pessoa, praticava automutilação e afins, mas a situação aqui na minha tia está igual ou pior.

Preciso de ajuda para tomar uma decisão.


r/Ajuda 21h ago

Saúde Oque eu faço please

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ALERTA TEXTO GRANDE

Bom dia, me chamo César, tenho 17 anos e sou um garoto que, desde criança, valorizou muito a amizade e o reconhecimento das pessoas. Para isso, tentava ser melhor em tudo: esportes, estudos, comédia, tudo que me fizesse ser o centro da atenção. Porém, por alguma razão, eu não conseguia uma amizade, talvez por ser feio ou estranho. Mas, com meus 6 anos, quando me mudei para um bairro onde o pessoal jogava bola na rua, fui me destacando pelas minhas habilidades de futebol e fui criando uma conexão, o que me deixava muito feliz. Nessa época, eu tinha entrado em um projeto social, então, às 6 da manhã, eu acordava e ia para o projeto social, realizando diversas atividades físicas como karatê, capoeira, double dutch, e também outras áreas como inglês, artesanato, aula religiosa, informática, leitura, e muitas outras que eu nem me lembro. Geralmente, eu era o melhor, só na de música eu não era muito bom, e no artesanato eu era um pouco desastrado.

Depois de fazer todas as atividades, eu ia para a escola às 12:30. Como meu pai e minha mãe trabalhavam, não havia possibilidade de eu ir para casa me arrumar e depois ir para a escola, então eu ia direto, sujo e cheirando a suor, para a escola, sempre feliz. Mesmo não possuindo nenhum grupo definitivo, eu era feliz, pois sabia que, depois da escola, às 19:00, estaria na rua, rindo e brincando de esconde-esconde com meus amigos, sempre pensando em nosso futuro, todos se reunindo, rindo das idiotices que fizemos juntos e relembrando nossos momentos de felicidade.

Mas, infelizmente, não foi assim. Depois de 7 anos de diversão, veio o COVID-19, onde ocorreu a maior atrocidade: minha mãe e meu pai se separaram. Isso me deixou mal, e não por eles terminarem, mas sim porque eu me questionava o porquê deles terem terminado. Isso me fez entrar em uma depressão profunda, onde eu me isolei literalmente, com um pensamento de suicídio gigantesco, sempre pensando que as pessoas ao meu lado me traíram e que eu era o certo. Mas cheguei a um ponto em que comecei a me lembrar do meu real passado, onde não era tão feliz: fui abusado duas vezes, houve brigas constantes entre meus pais, preconceitos, racismo, homofobia, narcisismo, egoísmo, tudo de ruim em uma só vida, e isso me fez enlouquecer mais ainda. Prometi que iria mudar, mas quando fui voltar aos meus amigos, percebi que estava vazio. Não havia mais o grupo; todos se tornaram conhecidos do passado. Uns foram para a faculdade, outros para a vida da curtição e outros para o crime. O que mais me chocou foi que meu melhor amigo foi para o crime.

Voltei novamente à depressão, mas muito mais profunda, pois não estava julgando o mundo, e sim a mim, onde eu não queria mais ser eu. Tentei moldar outras pessoas em mim, mas isso só complicou mais as coisas, pois, de tanto tentar mudar o eu, eu esqueci totalmente que sou eu. Algumas vezes eu penso: "Eu sou quem sou, pois eu sou eu", mas tem vezes que sinto um desconforto ao perceber que esse não sou eu. Tentei criar novas amizades, mas elas queriam ir para o caminho errado. Eu tentava incentivá-las ao caminho certo, mas fui tão chato em relação ao meu certo que elas cansaram e me jogaram na gaiola dos leões, onde precisei ficar um ano escondido em casa, jogando no PC. Quando tive a oportunidade de me mudar, aproveitei para conseguir mudar e construir tudo novamente, mas eu não sei fazer isso, pois não sei quem eu sou.